Praça do Almada da Póvoa de Varzim
Praça do Almada da Póvoa de Varzim
Praça do Almada da Póvoa de Varzim

A Praça do Almada é o centro cívico da Póvoa de Varzim. Localizada no centro da cidade, é nesta praça que se pode apreciar a escultura que homenageia Eça de Queirós, o mais importante escritor realista português, que ali nasceu, na casa com o número 1. Refira-se também que o monumento foi oferecido pela colónia poveira do Rio de Janeiro.

A Praça do Almada é considerada pelo município poveiro como espaço livre de interesse patrimonial e parte do centro histórico. O desenvolvimento da Póvoa de Varzim como importante comunidade piscatória no século XVIII leva a que seja feita uma provisão régia por D. Maria I, expedida pela rainha em 21 de Fevereiro de 1791, encarregando o Corregedor Francisco de Almada e Mendonça (o Almada) de reestruturar a urbanização da Póvoa de Varzim, nomeadamente a criação de uma praça nova no antigo Largo da Feira, substituindo a diminuída Praça Velha como centro cívico.

A função de encontro e lúdica da praça é favorecida com o levantamento das arcarias do novo edifício da Câmara, funcionando como resguardo. O novo edifício da câmara, que é ocupado em 1807, torna assim a Praça Nova no centro político da urbe. A praça veio também a ligar o bairro da Matriz, centro histórico, às ruas do bairro piscatório da Junqueira, que no século XVIII era a mais populosa rua piscatória. A então Praça Nova veio mais tarde a denominar-se Praça do Almada, em honra ao corregedor, por ter sido um dos principais impulsionadores da concretização da Provisão Régia de D. Maria I.

A praça teve também o propósito de ser um jardim público, moda no século XIX, para ser frequentado pela alta burguesia. Uma praça (de mercado) foi ali construída em Maio de 1873, mas considerou-se que o mercado diário retirava dignidade ao centro cívico e, por isso, uma nova praça (de mercado) foi inaugurada na Praça marquês de Pombal, em 1904.

Em 1896 surge o primeiro esforço para a edificação de um coreto. Seria uma estrutura efémera, dado que foi construído um coreto Arte Nova, em ferro, no mesmo local em 1904. Este coreto foi inaugurado em 1905 com uma actuação da Banda Povoense, sendo que o seu palco viria a tornar-se um pólo dinamizador não só de concertos, mas também de reuniões e discussões.

Além da estátua em honra de Eça de Queirós, os pontos de interesse a destacar são, no meio da praça, a poente, o pelourinho manuelino da Póvoa de Varzim, erigido em 1514, que é monumento nacional e representa a emancipação municipal da Póvoa de Varzim; e o edifício da Câmara Municipal (1791), localizado na parte norte, que domina a praça e é de feição neoclássica ao gosto da feitoria inglesa do Porto, visível na arcaria no andar térreo, com azulejaria, ao gosto português, adicionada em 1910 por Rocha Peixoto.

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