Terroso é uma zona suburbana da União de Freguesias de Aver-o-Mar, Amorim e Terroso, pertencente ao município poveiro. Tendo tido o estatuto de freguesia entre 1836 e 2013, Terroso é uma antiga paróquia, que aparece pela primeira vez no século XI. É reconhecida devido à Cividade de Terroso, importante povoamento urbano da cultura castreja.

A área foi habitada desde épocas pré-históricas, como o evidenciam os topónimos Leira da Anta (entre Terroso e Amorim) e Cortinha da Fonte da Mama ou o Castelo de Paranho, de origem medieval, mas de que apenas chegaram à actualidade escassas ruínas. Conserva-se inviolada a Mamoa de Sejães, a acrópole do monte da freguesia, e persiste ainda a Cividade de Terroso.

A igreja paroquial foi construída em 1718 e o seu espólio inclui uma imagem do século XVI de Nossa Senhora das Candeias, uma escultura da escola de Coimbra. A imagem apareceu na praia da Azurara e o povo de várias aldeias tentou agarrar a imagem, o que terá sido conseguido pelo povo da paróquia de Terroso, a paróquia de Sancta Maria de Terroso, conhecida desde o século XI. Na Praça do Cruzeiro, principal entrada para a Cividade de Terroso, existe a Capela do Divino Salvado construída em 1670 pelo abade Teotónio de Miranda, assim como o seu mausoléu. Destaca-se um retábulo pintado interessante com o tema do Milagre de Ourique.

Como evidente ponto de interesse, diga-se que a Cividade de Terroso foi um importante povoado da cultura castreja do noroeste da Península Ibérica. A cividade, conhecida na Idade Média como Montis Teroso, prosperou devido a estar fortemente amuralhada e pela sua localização próxima ao mar que possibilitava o comércio com as civilizações do mar Mediterrâneo. Estas actividades atrairam os olhares dos romanos e a cividade e a cultura castreja pereceram no final da Guerra Lusitana, ganha por Roma através do assassinato à traição de Viriato, o líder lusitano que chefiava os interesses indígenas. a Cividade de Terroso está classificada pelo IPPAR como Imóvel de Interesse Publico desde 1961.