Avenida dos Banhos da Póvoa de Varzim
Avenida dos Banhos da Póvoa de Varzim
Avenida dos Banhos da Póvoa de Varzim

A Avenida dos Banhos, na orla costeira, é o principal arruamento balnear da Póvoa de Varzim. A avenida segue da enseada da Póvoa, mais precisamente do Passeio Alegre, junto ao Paredão de D. Maria I do Porto de Pesca da Póvoa de Varzim, até à Avenida Vasco da Gama. Em 1811, denominava-se rua da Regoiça e era povoada por residências de pescadores do Bairro Norte. Com a popularidade das praias poveiras, foram surgindo habitações balneares e passou a ser denominada, espontaneamente, de rua dos Banhos, por volta de 1846. Só em 1897 é que passa à denominação presente de Avenida dos Banhos (chegou a ser Avenida Brasil, a partir de 1916, e, em 1926, Rua dos Heróis da Grande Guerra; só em 1966 é que foi oficializada a denominação popular de Avenida dos Banhos).

David Alves, presidente da Câmara poveira, idealiza a criação de uma grande avenida dos Banhos para rivalizar com Nice e Ostende, levando até que fosse criado um projecto em 1917 desenhado pelo arquitecto Moura Coutinho, com a avenida percorrida por villas multifamiliares, mais ou menos de feição uniforme, de aspecto modernista, mas que não foi avante. Mais tarde, em meados do século XX, as villas foram dado lugar a outros edifícios multifamiliares, para veraneantes, e com muito pouca atenção em relação à estética. Entre 1998 e a actualidade procedeu-se à sua recuperação urbanística, obra do arquitecto Rui Bianchi. Inicialmente entre o Passeio Alegre e a Esplanada do Carvalhido, a Avenida dos Banhos teve sucessivos prolongamentos, desde o prolongamento para sul, em que se confunde com o Largo do Passeio Alegre, até ao prolongamento para norte, seguindo a expansão da vila poveira para Norte, até ao antigo estádio Gomes de Amorim, onde hoje são as piscinas da Varzim Lazer.

A Avenida dos Banhos é bastante procurada em dias soalheiros e quentes por ser percorrida por um passeio pedonal (o picadeiro) ao longo do areal. Inicialmente procurada apenas na época estival, a melhoria da rede viária tornou a avenida popular durante todo o ano, em especial nos dias de calor aos fins-de-semana e feriados. Actualmente, a avenida inclui também uma ciclovia paralela. A animação nocturna na Póvoa faz-se muito por aqui. Ao longo do passeio encontram-se as discotecas da cidade, no extremo Sul e Norte. Entre os cafés, saltam à vista os construídos em cima do areal: o Enseada e, principalmente, o Diana Bar e o Café Guarda-Sol, edifícios da época de 1939, num licenciamento pelo então presidente da Câmara Silveira Campos que foi bastante controverso mesmo na época. No entanto, ambos os locais adquiriram relevo histórico para a cidade: o Diana Bar era um café bem frequentado e especialmente popular entre escritores para tertúlias, que acabou por ser adquirido pela câmara municipal que o transformou em biblioteca de praia; e o mais antigo Café Guarda-sol foi onde surgiu a famosa Francesinha poveira, sendo o primeiro e o mais antigo bar de praia em Portugal, funcionando ininterruptamente desde Junho de 1922. Ao longo da avenida existem vários bares e esplanadas, sendo os do lado do mar pequenos bares em madeira colocados em cima do areal.

A meio da avenida, existe uma praça-praia conhecida como Esplanada do Carvalhido, lugar também histórico, apesar das sucessivas remodelações e que nos primórdios marcava o limite Norte da cidade. Esse limite é agora constituído pelas piscinas e outros equipamentos da Varzim Lazer, pelas piscinas e pavilhão do Clube Desportivo da Póvoa e pelo Estádio do Varzim Sport Club.

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