Balasar
Balasar Freguesia Poveira da Póvoa de Varzim

Balasar é uma freguesia poveira, mundialmente conhecida como centro de peregrinação cristã devido à vida e virtudes da conterrânea Bem-aventurada Alexandrina Maria da Costa, beatificada em 2004 pelo Papa João Paulo II. Devido à sua internacionalização, recebe visitantes diariamente. Em tempos longínquos, Balasar foi uma vila luso-romana, pertencente à cividade de Bagunte. O próprio nome de “Balazar” é uma corruptela de “Belizári”, cuja forma antiga, provada em alguns documentos, era “Belzar”. Até 1836, era uma paróquia dependente de Barcelos, tendo então transitado para o concelho da Póvoa de Varzim; em 1853, foi transferida para Vila Nova de Famalicão, mas, dois anos depois, regressou ao concelho da Póvoa.

Antigamente a área que corresponde à actual freguesia de Balasar era bem diferente do que hoje se vê, desde o nome até à forma como está dividida. Ainda Portugal não tinha sido formado e já no ano de 1090 os primeiros registos associados à freguesia de tinham sido mencionados pelo Censual do Bispo Dom Pedro. Nas Inquirições Gerais de D. Afonso II de 1220, surge já referenciada como “Sancta Eolália de Belzar“. Balasar é hoje a freguesia mais distante da sede do concelho, a mais interior e predominantemente rural.

A beatificação de Alexandrina Maria da Costa pelo Papa João Paulo II, na Praça de S. Pedro, no vaticano, a 25 de Abril de 2004, acrescentou uma grande notoriedade e desenvolvimento à freguesia. No entanto, já desde 1941 que Alexandrina era conhecida como “a Santinha de Balasar”. A Beata Alexandrina devotou a sua vida a Deus depois de em jovem ter sido vítima de tentativa de violação, tendo-se atirado duma janela para a evitar, o que a deixou tetraplégica. Deixou uma vasta obra escrita de natureza ascética e, entre os seus divulgadores de vários países, destacam-se alguns autores italianos e a ” Alexandrina Society”, com sede na Irlanda. A Igreja Paroquial de Santa Eulália de Balasar, evidente ponto local de interesse, é a igreja sede de paróquia, e é nela que se guardam os restos mortais da Beata Alexandrina.

Note-se também que a aparição da Santa Cruz de Balasar, em 1832, no lugar do Calvário, e a subsequente devoção que o facto motivou tinham também já dado grande destaque a esta freguesia, como o comprova por exemplo o romance Duas Fiandeiras do poveiro Francisco Gomes de Amorim.

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